quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Literatura policial: um gênero em crescimento



A literatura, em alguns momentos, pode tornar-se elitista. Alguns gêneros literários são considerados como sendo “menores” pelos “especialistas”. São os casos da literatura infantil e do romance policial.
Entretanto, nos últimos anos a literatura policial vem crescendo e ganhando vários fãs no mundo inteiro e ganhando um respeito que ela não gozava antes. Autores como Agatha Christie e Georges Simenon, por exemplo, são autores que possuem vários fãs e que fazem com que a literatura policial adquira um caráter de literatura “séria”.
Para 2014 estão previstos vários lançamentos de romances policiais. As editoras Globo e L&PM irão reeditar livros da escritora inglesa Agatha Christie, a primeira-dama da literatura policial; a Alfaguara editará obras de Raymond Chandler. Outro que deveria ter suas obras reeditadas é Conan Doyle, o criador de Sherlock Holmes, além de Simenon, o criador do inspetor Maigret.
Pela Rocco, deve sair o segundo livro de Robert Galbraith, pseudônimo da escritora J. K. Rowling, da série Harry Potter, que publicou “O chamado do Cuco” com este pseudônimo.
A Companhia das Letras publicará um novo romance do “Titã” Tony Bellotto, com o detetive Bellini, ainda sem título.   
Os leitores brasileiros mostram que, no país, este é um gênero que encontra um grande mercado, que pode ser explorado pelas editoras, mas o Brasil é um país que ainda tem se mostrado carente em revelar escritores policiais. Entre eles, Flávio Carneiro lançou “O livro roubado”, resgatando a dupla André e Gordo que apareceu em seu primeiro romance policial, “O campeonato”.     

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Divulgados os vencedores do Prêmio Açorianos de Literatura 2013



Foram divulgados, no dia 9 de dezembro, em Porto Alegre, os vencedores do Prêmio Açorianos de Literatura 2013.  
O prêmio de “Melhor Livro do Ano” foi dividido entre os livros “A Menina Quebrada”, de Eliane Brum, publicado pela Editora Arquipélago; e “Terra Gaúcha e Artinha de Leitura”, de Luís Augusto Fischer, publicado pela Belas-Letras. Os dois autores receberam 5 mil reais.
Na categoria “Criação Literária”, o prêmio foi para o livro de Marcelo da Silva Rocha, publicado Editora da Cidade. O autor recebeu 10 mil reais.    

Veja a lista completa dos livros vencedores de 2013:

Livro do ano: “A menina quebrada”, de Eliane Brum (Editora Arquipélago)
                    “Terra gaúcha e artinha de leitura”, de Luís Augusto Fischer (Editora Belas-Letras)

Criação Literária: “Ocupa Porto Alegre e outros contos”, de Marcelo da Silva Rocha (Editora da Cidade)

Conto: “Recortes para álbum de fotografia sem gente”, de Natalia Borges Polesso (Editora Modelo de Nuvem)

Crônica: “A menina quebrada”, de Eliane Brum (Editora Arquipélago)

Ensaio de Literatura e Humanidades: “Anarquia na passarela”, de Daniel Rodrigues (Editora Dublinense)

Especial: “Terra gaúcha e artinha de leitura”, de Luís Augusto Fischer (Editora Belas-Letras)

Infantil: “Conchas”, de Hermes Bernardi Jr. (Editora Edelbra)

Infanto-Juvenil:        “Filho de peixe”, de Marcelo Carneiro da Cunha (Editora Projeto)

Narrativa longa: “O amante alemão”, de Lélia Couto Almeida (IEL/CORAG)

Poesia: “Aqui jasmim”, de Caroline Milman (Editora Modelo de Nuvem)

Capa: “Monstros fora do armário”, capa de Samir Machado de Machado (Não Editora)

Projeto gráfico: “Terra gaúcha e artinha de leitura”, projeto gráfico de Celso Orlandin Júnior (Editora Belas-Letras)

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Esse é o país da Copa!



O que aconteceu no jogo entre Atlético-PR e Vasco, neste domingo, com cenas de barbárie promovida pelas duas torcidas – se bem que, pelas informações, a torcida do Atlético começou o confronto –, nos faz pensar se o Brasil está, realmente preparado para realizar a Copa do Mundo, em vários sentidos.
Em primeiro lugar, a polícia e as autoridades (teoricamente) competentes não demonstram ter preparo para fazer a segurança de um evento deste porte. De acordo com um policial responsável pela segurança, houve um consenso entre a polícia de Santa Catarina – o jogo ocorreu em Joinville – e o Ministério Público para que a polícia cuidasse apenas da segurança da área externa (com um contingente de 120 policiais). A segurança da área interna, por ser um evento privado, seria feita por uma empresa de segurança particular – o que, evidentemente, não foi funcionou. Se pensarmos na Copa, que pretende ser um evento que poderá alavancar o turismo no Brasil, como garantir a segurança dos torcedores estrangeiros que virão para o país, tanto nos estádios quanto fora dele?
Além disso, vende-se, para o exterior, a imagem do brasileiro como sendo um povo ordeiro, alegre e hospitaleiro. Porém, nos estádios, não é isso o que observamos. Vemos pessoas violentas, truculentas e que vão para os estádios apenas para provocar brigas. Nas ruas, assaltam, estupram e assassinam turistas desavisados que visitam o nosso país.
É essa a tão propalada “alegria” que teremos na época da Copa? Será que o Brasil, realmente, está preparado para sediar um evento deste porte? Economicamente, até pode estar. Porém, em termos de educação, fica evidente que estamos muito longe de podermos sediar qualquer evento importante.
O brasileiro, em grande parte, é violento, mal-educado, vândalo. Vemos isso, diariamente, nos jornais, quando lemos sobre assassinatos por motivos fúteis, escalada do tráfico de drogas e crimes de natureza diversas.
Para a Copa, teremos que repensar a maneira como realizar a segurança, tanto dentro quanto fora dos estádios porque, mais importante do que a seleção brasileira ganhar o mundial, será preservar a vida de quem virá ao país apenas para apoiar suas seleções.
 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Por que não se lê nas aulas de literatura?



Muitos alunos acham as aulas de literatura “chatas”. E, se analisarmos bem, realmente as aulas acabam sendo incrivelmente entediantes, pois apelam apenas para a capacidade de decorar dos estudantes.
Uma aula de literatura “normal” é feita da seguinte maneira: o professor lista períodos ou escolas literárias (arcadismo, simbolismo, modernismo etc.); sua data de início e de fim; a obra que iniciou o movimento; principais autores e obras; características do movimento ou escola. Ou seja, os alunos são obrigados a decorar nomes e datas, porém, muitas vezes, acabam não lendo nenhuma das obras listadas durante as aulas.
O que é mais importante para o aluno? Saber que “O Cortiço” foi escrito por Aluísio Azevedo e que é uma obra pertencente ao Naturalismo, ou ler o livro e poder, por meio das descrições do autor, entender melhor aquele momento histórico, fazendo um “link” com as aulas de História?
Ao ler alguns livros, o aluno poderá perceber quais são as características das obras pertencentes a um determinado período, sem precisar decorá-las. Ele perceberá elementos comuns a essas obras e entenderá mais facilmente algo que, do contrário, será apenas decorado e logo esquecido. Além disso, ao ler algumas obras o aluno enriquecerá seu vocabulário e aumentará seu conhecimento.
As aulas de Literatura também poderiam ser realizadas em conjunto com as aulas de Língua Portuguesa, ao invés de serem realizadas separadamente. Ao ler um livro, o professor poderia indicar aos alunos as construções sintáticas utilizadas por determinados autores em determinadas épocas, além de palavras que hoje caíram em desuso ou foram modificadas, por exemplo. Ou seja, o aluno teria uma compreensão muito maior da própria Língua Portuguesa – e não apenas de Literatura.
Infelizmente, temos muitos professores de Língua Portuguesa que não leem. Também consideram a literatura “chata”. Preferem fazer os alunos decorarem nomes e datas ao invés de discutirem as obras. Optam pelo caminho mais fácil para eles, mas que não contribuirá em nada para a aquisição de conhecimento por parte do aluno. Ou alguém acha que algum aluno irá se lembrar se Machado de Assis era Realista ou Parnasiano, após realizar uma prova de Literatura?
Ler uma obra auxiliará o aluno a entender melhor seu lugar no mundo, o caminhar da História através dos tempos e a entender um pouco melhor o mundo no qual vivemos.
Temos alunos que não leem, é verdade, mas temos muitos professores que também não o fazem. Criticam os alunos pela falta de leitura, mas não os vemos com nenhum livro na mão. Muitas vezes, conhecem as obras apenas pelos resumos que acompanham os livros didáticos.
Está mais do que na hora de mudarmos esse panorama e começarmos a ter aulas de Literatura em que o ponto central da aula será o texto escrito, e não o simples “decoreba” de nomes e datas.