quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Definidos finalistas do Prêmio Jabuti



Notícias no Twitter: @sebo_cultural64


No dia 17/9 foram anunciados os finalistas do Prêmio Jabuti 2013 nas suas 27 categorias. Nesse ano foi criada a categoria Melhor Tradução de Obra de Ficção Alemão-Português, em homenagem ao Ano Alemanha-Brasil, já tratada em feiras como a FLIP 2013.
As categorias concorrentes são:

Teoria / Crítica Literária
Direito
Ilustração
Educação
Ilustração de Livro Infantil e Juvenil
Gastronomia
Arquitetura e Urbanismo
Infantil
Artes e Fotografia
Juvenil
Psicologia e Psicanálise
Poesia
Ciências Exatas, Tecnologia e Informática
Biografia
Ciências Humanas
Reportagem
Ciências Naturais
Romance
Ciências da Saúde
Capa
Economia, Administração e Negócios
Projeto Gráfico
Contos e Crônicas
Tradução
Didático e Paradidático
Comunicação
Melhor Tradução de Obra de Ficção Alemão-Português


    
A seguir, listaremos os livros que concorrem nas categorias: Contos e Crônicas, Poesia e Romance.

Contos e Crônicas
Título
Autor
Editora
Diálogos impossíveis
Luis Fernando Veríssimo
Objetiva
Páginas sem glória
Sérgio Sant’anna
Cia das Letras
Aquela água toda
João Anzanello Carrascoza
Cosac Naify
Essa coisa brilhante que é a chuva
Cíntia Moscovich
Record
Garranchos
Graciliano Ramos
Record
Cheiro de chocolate e outras histórias
Roniwalter Jatobá
Nova Alexandria
Bem-vindo – Histórias com as cidades de nomes bonitos e misteriosos do Brasil
Fabrício Carpinejar
Bertrand Brasil
A verdadeira história do alfabeto – e alguns verbetes de um dicionário
Noemi Jaffe
Cia das Letras
O tempo em estado sólido
Tércia Montenegro
Grua Livros
Reveillon e outros dias
Rafael Gallo
Record
Vento sobre terra vermelha
Caio Riter
8Inverso
Copacabana Dreams
Natércia Pontes
Cosac Naify
São Paulo 1971-2011
Luiz Ruffato, Ignácio de Loyola Brandão, Tony Bellotto, Vanessa Bárbara
Olhares

      Poesia
Título
Autor
Editora
A voz do ventríloquo
Ademir Assunção
Rama Livros
Porventura
Antonio Cícero
Record
Raymundo Curupyra o Caypora
Glauco Mattoso
Alaúde Editorial
Deste lugar
Paulo Franchetti
Ateliê Editorial
Formas do nada
Paulo Henriques Britto
Cia das Letras
Um útero é do tamanho de um punho
Angélica Freitas
Cosac Naify
O amor e depois
Mariana Ianelli
Iluminuras
A praça azul e tempo de vidro
Samarone Lima
Paés
Vário som
Elisa Andrade Buzzo
Patuá
Variações do mar
Josoaldo Lima Rêgo
7 Letras
A cicatriz de Marilyn Monroe
Contador Borges
Iluminiras
        
Romance
Título
Autor
Editora
O mendigo que sabia de cor os adágios de Erasmo de Roterdam
Evandro Affonso Ferreira
Record
Barba ensopada de sangue
Daniel Galera
Cia das Letras
O que deu para fazer em matéria de história de amor
Elvira Vigna
Cia das Letras
Mar azul
Paloma Vidal
Rocco
Sagrada Família
Zuenir Ventura
Objetiva
O céu dos suicidas
Ricardo Lísias
Objetiva
Quiçá
Luisa Geisler
Record
Carbono pautado – memórias de um auxiliar de escritório
Rodrigo de Souza Leão
Record
Valentia
Deborah Kietzmann Goldemberg
Grua Livros
Era meu esse rosto
Márcia Tiburi
Record
Glória
Victor Heringer
7 Letras

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Tensão racial, demagogia e Candomblé “politicamente incorreto”



Notícias no twitter: @sebo_cultural64




O nível de tensão racial que estamos atingindo, que teve início com as quotas para negros e continuou com os exageros do “politicamente correto”, acabará em confronto entre brancos e negros, nas ruas, como acontecia nos Estados Unidos, quando o grupo racista Ku Klux Klan enfrentava grupos de negros e membros dos Panteras Negras? Os negros, antes oprimidos, agora valem-se do ‘politicamente correto’ para oprimir os brancos, impondo palavras e termos considerados ‘apropriados’.
É claro que no Brasil sempre houve racismo. Negros eram tratados de maneira vergonhosa, muitas vezes proibidos de entrarem em determinados lugares, “exclusivos” para o uso de brancos. Graças aos esforços de grupos de Direitos Humanos, Ordem dos Advogados, lideranças negras etc., essa vergonha começou a ser banida e os negros começaram a ocupar o seu devido lugar na sociedade, passando a ter os mesmos direitos que qualquer outro cidadão.
Porém, os exageros que começaram a surgir e que estão se transformando em uma “ditadura das minorias” – que, muitas vezes, nem são “minorias” –, que nos proíbem de falar certas palavras simplesmente porque alguns imbecis enxergam racismo e preconceito em tudo, estão começando a criar uma onda de racismo até mesmo em pessoas que antes não o tinham. E o pior é que esse racismo é de mão dupla: dos brancos em relação aos negros e dos negros em relação aos brancos.  
E as pessoas não percebem que isso tudo não passa de uma manipulação dos nossos governantes e de políticos que não estão interessados em resolver, de fato, o problema, mas sim de dar a impressão de que querem fazê-lo.
O caso das famigeradas “cotas”, por exemplo. Por quê criar cotas?
A ideia de se criar cotas surgiu com a constatação de que negros e pobres não tinham a mesma chance que brancos e ricos – geralmente, brancos ricos. Assim, a cota daria essa chance às minorias – embora, no Brasil, nem negros nem pobres sejam minorias.
Muito justo, não é mesmo? Não, não é nada justo! O que, de fato, o governo deveria fazer, seria dar mais qualidade à educação pública. Se fizesse isso, os negros e pobres, e, principalmente, os negros pobres, teriam mais condições de competir com alunos de escolas particulares. Porém, para não mexer em vícios e mordomias já enraizadas na educação pública, o governo preferiu criar cotas que não adiantam muita coisa. Você pode colocar um negro na Universidade, porém, sem preparo, ele não conseguirá acompanhar o ritmo dos estudos e acabará desistindo. Afinal, por que o governo divulga o número de negros que entram nas faculdades devido às cotas, mas nunca divulga o número dos que se formaram? Porque, nesse caso, veríamos a discrepância e a ineficiência dessa medida demagógica.
O problema do racismo é uma questão cultural e não serão leis que irão extingui-lo. As leis irão, apenas, escondê-lo. Devido às leis, ninguém poderá se manifestar de maneira racista, mas poderá pensar de maneira racista.
A única coisa que irá acabar com o racismo contra negros e outras raças; contra o preconceito contra homossexuais, mulheres e idosos; contra a violência doméstica e infantil, é uma educação eficiente, que faça o indivíduo pensar, refletir e perceber a imbecilidade e a inutilidade de ser racista, preconceituoso ou violento.
Investir em educação, e não em medidas demagógicas, é a única solução para que possamos resolver esses problemas que, infelizmente, ainda existem e, em alguns casos, estão até mesmo se intensificando.
Só falta os defensores do “politicamente correto” dizerem que o candomblé é racista e preconceituoso por chamar sua entidade de “preto velho”. O correto seria chamá-la de “afrodescendente da terceira idade”.