sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Psicose: um clássico que merece ser assistido e lido



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O filme “Psicose”, de 1960, é considerado como um grande trabalho de Alfred Hitchcock. O que pouca gente sabe, entretanto, é que o filme é baseado em um livro homônimo do escritor Robert Bloch, publicado em 1959. O livro, por sua vez, foi baseado em um caso real, ocorrido em Wisconsin, e romanceado pelo autor. Hitchcock leu o livro e resolveu filmá-lo. Adquiriu os direitos do livro por 9 mil dólares – uma pechincha, mesmo para a época – e procurou adquirir todos os exemplares disponíveis para que as pessoas não os lessem e já soubessem o final quando fossem ver o filme.
O caso de dupla personalidade do protagonista – que só fica claro no final – desperta no público um interesse maior sobre a história (casos de dupla personalidade sempre fascinaram leitores e espectadores, em todas as épocas, como é o caso de “O médico e o monstro”, do “Incrível Hulk” e de Jean Grey / Fênix Negra, dos X-Men).
Além disso, Hitchcock criou cenas em que ‘sugere mais do que mostra’, mas nos faz ter certeza de que vimos aquilo que ele não mostrou. É o caso da cena do assassinato da garota no chuveiro. Na cena, vemos o que nos parece ser a mãe de Norman Bates dar várias facadas na garota, enquanto seu sangue escorre pelo ralo. Porém, se observarmos atentamente a cena, nos daremos conta de que vemos o movimento da faca em direção à garota, mas não temos nenhuma tomada em que apareça a lâmina penetrando em seu corpo. A velocidade da cena e a imagem não muito nítida, entretanto, nos passam essa falsa impressão.    
A genialidade de Hitchcock, aliada a uma excepcional atuação de Anthony Perkins (no papel de Norman Bates), fizeram com que o filme se transformasse em um clássico. O fato de o filme ter sido feito em preto e branco, em uma época em que já se filmava em cores, foi outro toque interessante, o que manteve a atmosfera lúgubre que a história pedia.
Hitchcock alegou que filmou em preto e branco para poupar os espectadores das cenas de sangue. Porém, o mais provável é que ele o tenha feito devido ao fato de que filmar em preto e branco era mais barato do que filmar em cores.
Independentemente do motivo, “Psicose” é um cult que deve ser visto pelas novas gerações e revisto pelas mais velhas. O livro que deu origem a esse clássico do cinema (publicado pela Editora Darkside) merece ser lido, e o seu autor merece o crédito de ter inspirado um dos grandes mestres do cinema.                 

sábado, 9 de novembro de 2013

“As Crônicas Marcianas”, de Ray Bradbury, fogem do clichê da ficção científica tradicional



Quando foi publicado, em 1951, o livro “As Crônicas Marcianas” elevou rapidamente o seu jovem autor, então com 31 anos, Ray Bradbury, à qualidade de um dos mestres da ficção científica. O livro fugia do padrão dos livros de ficção científica tradicionais, com seus monstros, raios laser e alienígenas beligerantes que tinham como único intuito a destruição gratuita da Terra.
O livro é, exatamente, o que o seu título diz ser – o título em inglês é “The Martian Chronicles”: uma série de crônicas que trata da exploração e colonização do planeta Marte por parte dos terrestres. Contando histórias separadas, mas que, por vezes, se entrelaçam, o livro mostra como seria feita a colonização de Marte por parte de um enxame de terrestres oriundos de uma Terra à beira de uma guerra – o livro foi lançado após a 2ª Guerra Mundial e o início da “Guerra Fria”, entre Estados Unidos e a União Soviética – e com seus recursos naturais já em escassez e sem empregos para todos os seus habitantes.
E, quanto a Marte, uma incógnita permanece: quem são os marcianos? Todos foram extintos? Existem sobreviventes? Se existem, onde estão?
“As Crônicas Marcianas” retratam uma epopeia moderna, onde os humanos são obrigados a ir, não atrás de novas terras, mas sim atrás de novos planetas habitáveis, onde possam iniciar uma colonização. Ao invés de batalhas espaciais, com naves futuristas e raios laser, as crônicas relatam problemas humanos: homens tentando se encaixar em uma terra estranha, conflitos, solidão, busca de conhecimento, sobrevivência.
Na verdade, “As Crônicas Marcianas”, mais do que ficção científica, tratam do tema do destino do homem e do futuro de uma Terra onde, mais do que apavorantes monstros verdes, os beligerantes são os seres humanos.   

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ventos do Inverno: o destino dos Stark nas mãos de Sansa?



George R. R. Martin ainda está escrevendo o 6° livro das “Crônicas de Gelo e Fogo”, “Ventos do Inverno”, ainda sem previsão de lançamento – há quem aposte eu o livro só sairá em 2015. Neste livro, a guerra dos tronos se intensificará ainda mais, e ardis e alianças serão utilizadas para obter o prêmio máximo: tornar-se o rei – ou a rainha – dos Sete Reinos.
Das famílias poderosas, que poderiam aspirar ao trono, a única que parece estar fora do jogo é a família Stark. Com o senhor de Winterfell, Lorde Eddard, conhecido como Ned Stark, morto, a família se desintegrou e foi sendo dizimada um por um: sua mulher, Catelyn, e seu filho, Robb, foram mortos no episódio que ficou conhecido como o “casamento vermelho”; Jon Snow, seu filho bastardo, agora comandante da Patrulha da Noite, foi atacado pelos próprios “irmãos” da Patrulha e não se sabe se ele irá sobreviver no 6° livro; Arya, a filha rebelde, está em terras distantes, envolvida com uma seita obscura; Brandon encontrou o povo da floresta e está treinando para conseguir sua ‘visão verde’; Rickon tem seu paradeiro desconhecido; Sansa, auxiliada por Mindinho, conseguiu fugir das garras da rainha Cersei e agora encontra-se sob sua proteção, fazendo o papel de filha bastarda. Os membros da família que não foram mortos estão dispersos e sem notícias uns dos outros.
De todos, a que parece menos provável para restaurar o poder do clã Stark é Sansa, a sonhadora, cujo único pensamento era o de se casar com um galante príncipe, como nas histórias que a velha ama contava. Refém da rainha Cersei após a morte do pai, Sansa ainda acalentava o sonho de se casar com Joffrey e se tornar sua rainha. Aos poucos, Sansa foi percebendo que esse sonho não iria se concretizar, e passou a fingir lealdade a Joffrey e a Cersei, em uma tentativa de tentar sobreviver, evitando a prisão ou a morte, como aconteceu com o pai.
Sansa percebeu que a ‘vida real’ era bem diferente das histórias que a ama contava. Então, Sansa tornou-se dissimulada, astuta, enganadora, mais ‘ligada’ às coisas que acontecem ao seu redor. Essas suas novas ‘qualidades’ podem se tornar armas vantajosas na luta pelo trono dos Sete Reinos. 
Assim, auxiliada por Mindinho, talvez seja exatamente ela quem poderá restaurar o poder dos Stark. Por sinal, é exatamente Sansa quem continua no meio da luta que se desenrola pelo trono dos Sete Reinos. A já não tão sonhadora Sansa parece ser aquela que poderá dar uma reviravolta na história e trazer os Stark de volta ao jogo dos tronos. Talvez Sansa, a mais ‘insossa’ dos Stark, levante-se junto com os ventos do inverno que vêm do Norte e varra os Sete Reinos, vingando sua família e dando aos Stark um poder que nem mesmo seu pai, Ned Stark, conseguiu.