quarta-feira, 30 de abril de 2014

Os “heróis” da Marvel povoam os cinemas

Duas editoras de quadrinhos tornaram-se referências mundiais: a DC Comics e a Marvel. A DC criou personagens que fizeram muito sucesso nas revistas em quadrinhos, tais como Super-Homem e Batman, e que posteriormente foram transportados para a tela, levando legiões de fãs aos cinemas. A Marvel entrou na disputa criando personagens como Homem-Aranha, X-Men, Capitão América e Os Vingadores que, além de fazerem sucesso nas HQ’s, também foram transportados para o cinema.
E, atualmente, a Marvel tem dominado as grandes produções levando vários de seus heróis às telas, alguns com sequências: Homem de Ferro, Hulk, Homem-Aranha, Justiceiro, Capitão América, X-Men, Wolverine, Thor, Quarteto Fantástico.
Atualmente a Marvel tem alguns lançamentos previstos que têm tudo para se tornarem sucessos de bilheteria: Guardiões da Galáxia; Capitão América 2: Soldado Invernal; Os vingadores 2; além da série para TV Agents of Shield.
A pergunta é: por que estes heróis fazem tanto sucesso, mesmo entre aqueles que não cresceram lendo HQ’s?
Algumas respostas são de ordem prática: uma grande campanha de marketing envolvendo estas produções; o fato de os heróis estarem “na moda”, e a tendência que as pessoas têm de seguirem cegamente as modas; a fascinação que as pessoas têm por tudo que fuja do “normal”.
Porém, a Marvel também mudou o seu estilo e, com essa mudança, conseguiu atrair o interesse das pessoas. Uma dessas mudanças, que começou a ser feita ainda nas HQ’s, foi a humanização dos heróis. Peter Parker, o Homem-Aranha, por exemplo, é um adolescente que se vê às voltas com problemas comuns que atingem várias pessoas: a perda de um ente querido para o violência urbana, como foi o caso da morte de seu tio Ben; sua necessidade de arranjar um emprego para poder pagar suas contas; a dificuldade de continuar seus estudos em uma universidade enquanto tem de trabalhar e combater o crime como Homem-Aranha; sua timidez e dificuldade em arranjar namoradas, como mostra seu amor à distância por Mary Jane.
Além disso, Stan Lee e sua equipe de roteiristas e desenhistas mantiveram-se atentos às situações que ocorriam ao seu redor e levaram algumas discussões para as HQ’s, o que gera interesse nas pessoas, como é o caso do preconceito abordado em X-Men; a dificuldade em se adaptar às rápidas mudanças em uma era tecnológica, como acontece com o Capitão América, ícone de uma época que não mais existe e tendo que enfrentar as mudanças de uma nova sociedade; a falta de confiança nas Leis e na Justiça, como acontece com o Justiceiro, que busca justiça para a morte de sua família.
Apesar de serem seres que estão distantes do que seria um ser humano “normal”, os heróis aproximam-se de nós e nos fazem refletir sobre o nosso próprio tempo e nos levam a questionar valores que, mesmo de forma indireta, são abordados nas HQ’s e filmes.     
 

domingo, 27 de abril de 2014

Arte sob censura ou a volta da Marcha da Família com Deus pela “Liberdade”



Um professor de uma escola particular da cidade de São José dos Campos, interior de São Paulo, foi o pivô de um episódio que daria inveja a qualquer participante da ditadura militar: ele foi demitido após postar um conto erótico em um blog pessoal.
A decisão de demitir o professor surgiu após a reclamação de vários pais sobre as postagens do professor no referido blog. O pai de uma aluna de 10 anos disse que se preocupava quanto ao acesso do conteúdo do blog pelos alunos (como se os alunos só pudessem acessar conteúdos eróticos ou pornográficos no blog do professor), pois o professor divulga seu blog nas redes sociais. A filha afirmou que o professor nunca divulgou seu blog em sala de aula, mas este fato parece não ter sido levado em consideração. O professor afirmou que foi demitido sem ter chance de defesa.
Para justificar a demissão do professor, o colégio informou que o mesmo estava em período de experiência e que foi demitido por não se adequar à proposta de trabalho da escola. A escola considerou, ainda, que as publicações que o docente realizava em suas redes sociais não eram adequadas para o público do colégio e que as postagens estavam em desacordo com a proposta de valores humanos da instituição.
Vemos que esta afirmação desmente a “desculpa” de que o professor foi demitido por não se adequar à proposta de trabalho da escola. Isso nos leva a refletir sobre algumas questões.    
Primeiramente, temos aí uma espécie de volta da Marcha da Família com Deus pela “Liberdade” que apoiou o golpe militar, de consequências tão nefastas para o país. E uma das características do golpe militar foi a imposição da Censura, que é o que temos no caso do professor.
Se os pais dos alunos deste colégio estão tão preocupados com o que os filhos podem acessar na Internet, deveriam, então, monitorá-los e só deixarem que os filhos acessem a Internet na sua presença, caso contrário eles estarão sujeitos a todos os tipos de conteúdos eróticos e pornográficos, na maioria dos casos, piores do que as postagens do professor.   
Outro fator importante é sobre o conceito de arte e quem tem direito de realizá-la. O professor em questão é professor de língua portuguesa e literatura e, nas horas vagas, é aspirante a escritor, ou seja, trabalha com arte – a literatura –, tendo que passar o conceito de arte e de literatura para seus alunos. E se um aluno lhe perguntasse sobre um poema ou um quadro erótico? O que o professor deveria fazer? Ignorar a pergunta? Ou deveria desfazer a dúvida do seu aluno?
O erotismo faz parte da vida. Vemos o erotismo em propagandas, em novelas, em revistas, em conversas entre amigos. Por que na arte o erotismo deveria ficar confinado a um livro ou a um museu?
Concordo que deve haver limites. O erotismo não pode ser exposto indiscriminadamente a qualquer aluno. Crianças devem ler textos adequados a sua idade. Adolescentes já têm condições de ler determinados poemas, desde que essa leitura venha acompanhada de um esclarecimento por parte do professor. E, em defesa do professor, temos o depoimento de uma de suas alunas de que ele jamais divulgou o seu blog em sala de aula.  
Na internet, encontramos todo tipo de textos e vídeos onde o erotismo – e, até mesmo, a pornografia – estão à disposição das pessoas para que baixem para computadores, tablets e celulares. Em escolas, é comum alunos compartilharem vídeos pornográficos. Cabe aos pais fiscalizarem seus filhos para evitar que eles tenham acesso a conteúdos inadequados.
O professor postou seu conto erótico – uma forma de arte, utilizada por vários escritores de sucesso – em um blog pessoal. Várias pessoas utilizam blogs pessoais para postarem conteúdos eróticos e pornográficos. Só acessa esse tipo de mídia quem quer. Desde que o professor não tenha feito algo que seja considerado como antiético, dentro da sala de aula ou da escola, como ler um de seus contos para seus alunos, sua demissão beira o absurdo.
Será que a escola demitiria o professor se ele fosse um escritor famoso, que trouxesse uma certa “fama” para a escola? Ou só o demitiu por ele ser desconhecido? E quanto às aulas de biologia, que falam sobre reprodução, e as aulas de orientação sexual? Deveriam ser proibidas também por serem consideradas eróticas ou pornográficas?
A demissão do professor atende mais a interesses demagógicos do que a preocupações pedagógicas. Ou será que um professor, principalmente um que trabalha com arte, não tem o direito de fazer arte?
Por que aceitamos expor nossos filhos a cenas de erotismo, como as cenas de quase sexo explícito que vemos em novelas e o erotismo e a quase nudez de alguns comerciais para televisão, mas ficamos chocados quando nossos filhos leem algo “erótico’ em um livro ou blog? As pessoas tentam fazer com que isso pareça pudor, mas é pura hipocrisia.
É comum ouvirmos as pessoas dizerem que a arte retrata a vida. E o erotismo faz parte da vida. Se não é assim, qual o sentido de uma garota usar minissaia, blusas decotadas e colocar silicone para aumentar os seios? Por que os homens querem ter bíceps maiores e uma barriga de tanquinho? As pessoas tentam parecer sensuais para atrair parceiros. Os pais destes alunos, com certeza, utilizaram o mesmo expediente para atraírem seus atuais cônjuges.           
Sabemos que um professor tem responsabilidades perante seus alunos, mas, fora do ambiente escolar, o professor é um ser humano como outro qualquer, com sonhos e aspirações. Ninguém questiona um artista que realiza um trabalhe erótico. Por que alguém, pelo simples fato de ser um professor, tem de ser limitado na sua arte?



sexta-feira, 18 de abril de 2014

Pra frente, Brasil!

O Brasil vive um momento em que teremos eleições para presidente e uma Copa do Mundo que será realizada em nosso país após 64 anos. O Brasil preparou-se para realizar a “melhor Copa de todos os tempos”, conforme temos presenciado em comerciais dos patrocinadores e nos discursos de nossas autoridades.
Toda a infraestrutura necessária para um evento deste porte está pronta. Os estádios que foram construídos para a Copa foram terminados e entregues dentro do prazo estipulado pela FIFA. E o que é melhor: todos eles custaram uma bagatela! Além disso, fiéis à promessa feita pelo nosso ex-presidente Lula, por ocasião do anúncio do Brasil como país-sede, todos os estádios particulares tiveram investimento exclusivamente privado. Nenhum dinheiro público foi investido em tais obras. Apenas os estádios públicos, como o Maracanã, por exemplo, foram construídos com dinheiro público. E, depois da construção, estes estádios continuaram sendo geridos pelo poder público, e não dados de presente a amigos de governadores, como alguns “Velhos do Restelo” chegaram a profetizar que aconteceria.
Nenhum clube foi beneficiado com a construção de um estádio próprio utilizando dinheiro público, como outros maledicentes chegaram a dizer. O fato de um ex-presidente de clube estar entranhado no alto comando da CBF não teve nenhuma influência na decisão de qual seria o estádio de abertura da Copa.
Na parte de infraestrutura, que seria responsabilidade dos governos – Federal, Estaduais e Municipais –, tudo também está às mil maravilhas. As obras de mobilidade urbana estão a todo vapor. Assim como aconteceu na Copa das Confederações, não será necessário ser decretado feriado nas cidades-sedes nos dias em que ocorrerem jogos. Mesmo com tal evento, o trânsito fluirá livremente , graças às obras que foram realizadas pelos governos.
A segurança foi outro fator que recebeu total atenção das nossas autoridades. Nossas capitais estão mais seguras. Quase não vemos mais assaltos, roubos ou assassinatos. Brigas em estádios? Nem pensar! Com as medidas de segurança que foram tomadas, tais como a prisão das pessoas envolvidas nestes episódios, esta situação nunca mais ocorreu. Os turistas que nos visitarem poderão transitar livremente pelas nossas cidades, a qualquer hora do dia ou da noite, sem se preocupar em sofrer qualquer tipo de violência. Até mesmo turistas dinamarqueses.
Para aqueles que, pela emoção de uma vitória ou derrota de sua seleção, precisarem de atendimento médico, podem ficar tranquilos. Nossos hospitais, com as reformas que receberam, poderão atender a todos os casos que por lá aparecerem. Médicos especializados e atenciosos, que não faltam aos seus plantões, estarão a postos para atender, sempre com um sorriso no rosto, as pessoas que os procurarem.
A educação também está ótima. A meta dos brasileiros, agora, é a de aprenderem inglês para poderem se comunicar com os turistas que nos pararem pedindo informações. Como nenhum aluno da rede pública tem a menor dificuldade com a língua portuguesa, pode se dedicar a aprender um outro idioma sem nenhum prejuízo para seu conhecimento da língua materna. A torcida de todos é para que a nossa seleção alcance o mesmo rendimento elevado que os nossos alunos alcançam nas avaliações internacionais.
O Brasil está pronto para a Copa. E, depois que ela acabar, poderemos usufruir o legado que ela nos deixará, assim como aconteceu com o Pan-americano que ocorreu no Rio de Janeiro, em 2007, deixando um belíssimo legado para a cidade após o seu término.
Agora é só vestir a camisa amarela e torcer pela nossa seleção. Esqueçamos os pessimistas que vivem fazendo protestos pelas ruas contra “supostos” gastos excessivos. Devemos ouvir os conselhos de Felipão, Parreira, Pelé e Ronaldo Fenômeno e torcermos sem restrições pela seleção canarinho. Afinal, como Parreira disse, futebol não tem nada a ver com política; ou, conforme Ronaldo, não se faz uma Copa do Mundo construindo hospitais.
Pra frente, Brasil! Salve a Seleção!    

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Crianças desenvolvem o gosto pela leitura lendo para gatos em abrigo dos EUA

Um método inédito está sendo utilizado, nos Estados Unidos, para desenvolver o gosto pela leitura em crianças: a leitura para gatos de um abrigo em Berks County, no estado da Pensilvania.
A autora da ideia é Kristi Rodriguez, diretora da ONG Animal Rescue League. Ela passou a utilizar este método ao perceber que seu filho, ao ler para os gatos do abrigo, passou a gostar de livros.
O programa, que se chama “The Book Buddies” (amigos do livro), começou em agosto de 2013 e atende a crianças entre 6 e 13 anos. No abrigo foi criado um “cantinho da leitura”, no qual as crianças convivem com os gatos que estão à espera de adoção e leem para eles.
Segundo especialistas, ler para os gatos ajuda a criança a ter mais confiança, além de auxiliá-las a ter mais fluência oral. Isso ocorre porque os gatos não ficam corrigindo possíveis erros e nem fazem uma avaliação do seu desempenho, ao contrário do que acontece na leitura em sala de aula ou em casa.
O programa também tem ajudado os gatos. Após o início deste programa, várias pessoas passaram a procurar o abrigo, interessadas em adotar os gatos.