O Cristianismo é
uma religião cuja doutrina, pregada por Jesus, entre outras coisas, prega a
não-violência e a tolerância para com o próximo. Entretanto, o que se observa
nos autoproclamados cristãos, é uma total falta de tolerância para com aqueles
que apresentam um pensamento diferente do deles. Observamos isto na
intolerância que apresentam com quem segue uma religião diferente, como o
Espiritismo ou o Budismo, por exemplo, ou com aqueles que se confessam ateus.
Outra prova de
intolerância refere-se às artes, em geral. Livros, filmes ou peças de teatro que
apresentam uma temática religiosa, geralmente causam polêmica, o que só
contribui para aumentar o interesse pela obra em questão.
É comum vermos
as pessoas clamando por LIBERDADE, DEMOCRACIA e LIBERDADE DE EXPRESSÃO. Porém,
essas palavras só valem quando o pensamento dos outros se coaduna com o nosso.
Quando alguém pensa diferente, costumamos ter atitudes fascistas, bem ao estilo
de Hitler ou Mussolini, e tentamos cercear o direito que aquela pessoa tem de
se expressar livremente.
Temos visto isto
com frequência nas redes sociais. Um exemplo recente é o que foi lançado no
Facebook. Segundo o autor da mensagem, o comediante Renato Aragão irá lançar um
filme onde ele aprece como o segundo “filho de Deus”, que vem completar a
missão iniciada por Jesus (veja a foto). Os “cristãos” se sentiram afrontados e
pedem que se “denuncie” esta afronta.
Em primeiro
lugar, foi o próprio Jesus quem aconselhou que, quando fôssemos ofendidos,
oferecêssemos a outra face. Mas o que vemos aqui, na verdade, é um “bateu,
levou”. Em segundo lugar, será que essas pessoas que “se dizem cristãos”
realmente o são? Será que elas seguem os mandamentos do Cristo? Jesus pregou a não-violência,
mas vemos “cristãos” que são fãs de filmes violentos, os chamados filmes de
ação, e de MMA (muitos lutadores, inclusive, se dizem cristãos, e depois
arrebentam um outro cara no octógono). Jesus também pregava contra a
promiscuidade, mas os “cristãos” assistem a filmes pornôs e transam com quem
aparece pela frente (às vezes, até com quem aparece por trás).
Resumindo:
clamamos por liberdade, mas tentamos cercear a liberdade de quem pensa
diferente. Queremos impor a todos o nosso pensamento, ignorando que as pessoas
possuem diversidade de ação e de pensamento. Só falta os “cristãos” voltarem a
queimar livros e pessoas nas fogueiras da Inquisição, como a Igreja Católica
fazia no passado.
Cada um tem
direito a sua crença e ao seu pensamento. Se queremos ter os nossos direitos
respeitados, devemos começar dando o exemplo e respeitar o pensamento do
próximo.