quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Literatura policial: um gênero em crescimento



A literatura, em alguns momentos, pode tornar-se elitista. Alguns gêneros literários são considerados como sendo “menores” pelos “especialistas”. São os casos da literatura infantil e do romance policial.
Entretanto, nos últimos anos a literatura policial vem crescendo e ganhando vários fãs no mundo inteiro e ganhando um respeito que ela não gozava antes. Autores como Agatha Christie e Georges Simenon, por exemplo, são autores que possuem vários fãs e que fazem com que a literatura policial adquira um caráter de literatura “séria”.
Para 2014 estão previstos vários lançamentos de romances policiais. As editoras Globo e L&PM irão reeditar livros da escritora inglesa Agatha Christie, a primeira-dama da literatura policial; a Alfaguara editará obras de Raymond Chandler. Outro que deveria ter suas obras reeditadas é Conan Doyle, o criador de Sherlock Holmes, além de Simenon, o criador do inspetor Maigret.
Pela Rocco, deve sair o segundo livro de Robert Galbraith, pseudônimo da escritora J. K. Rowling, da série Harry Potter, que publicou “O chamado do Cuco” com este pseudônimo.
A Companhia das Letras publicará um novo romance do “Titã” Tony Bellotto, com o detetive Bellini, ainda sem título.   
Os leitores brasileiros mostram que, no país, este é um gênero que encontra um grande mercado, que pode ser explorado pelas editoras, mas o Brasil é um país que ainda tem se mostrado carente em revelar escritores policiais. Entre eles, Flávio Carneiro lançou “O livro roubado”, resgatando a dupla André e Gordo que apareceu em seu primeiro romance policial, “O campeonato”.     

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Divulgados os vencedores do Prêmio Açorianos de Literatura 2013



Foram divulgados, no dia 9 de dezembro, em Porto Alegre, os vencedores do Prêmio Açorianos de Literatura 2013.  
O prêmio de “Melhor Livro do Ano” foi dividido entre os livros “A Menina Quebrada”, de Eliane Brum, publicado pela Editora Arquipélago; e “Terra Gaúcha e Artinha de Leitura”, de Luís Augusto Fischer, publicado pela Belas-Letras. Os dois autores receberam 5 mil reais.
Na categoria “Criação Literária”, o prêmio foi para o livro de Marcelo da Silva Rocha, publicado Editora da Cidade. O autor recebeu 10 mil reais.    

Veja a lista completa dos livros vencedores de 2013:

Livro do ano: “A menina quebrada”, de Eliane Brum (Editora Arquipélago)
                    “Terra gaúcha e artinha de leitura”, de Luís Augusto Fischer (Editora Belas-Letras)

Criação Literária: “Ocupa Porto Alegre e outros contos”, de Marcelo da Silva Rocha (Editora da Cidade)

Conto: “Recortes para álbum de fotografia sem gente”, de Natalia Borges Polesso (Editora Modelo de Nuvem)

Crônica: “A menina quebrada”, de Eliane Brum (Editora Arquipélago)

Ensaio de Literatura e Humanidades: “Anarquia na passarela”, de Daniel Rodrigues (Editora Dublinense)

Especial: “Terra gaúcha e artinha de leitura”, de Luís Augusto Fischer (Editora Belas-Letras)

Infantil: “Conchas”, de Hermes Bernardi Jr. (Editora Edelbra)

Infanto-Juvenil:        “Filho de peixe”, de Marcelo Carneiro da Cunha (Editora Projeto)

Narrativa longa: “O amante alemão”, de Lélia Couto Almeida (IEL/CORAG)

Poesia: “Aqui jasmim”, de Caroline Milman (Editora Modelo de Nuvem)

Capa: “Monstros fora do armário”, capa de Samir Machado de Machado (Não Editora)

Projeto gráfico: “Terra gaúcha e artinha de leitura”, projeto gráfico de Celso Orlandin Júnior (Editora Belas-Letras)

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Esse é o país da Copa!



O que aconteceu no jogo entre Atlético-PR e Vasco, neste domingo, com cenas de barbárie promovida pelas duas torcidas – se bem que, pelas informações, a torcida do Atlético começou o confronto –, nos faz pensar se o Brasil está, realmente preparado para realizar a Copa do Mundo, em vários sentidos.
Em primeiro lugar, a polícia e as autoridades (teoricamente) competentes não demonstram ter preparo para fazer a segurança de um evento deste porte. De acordo com um policial responsável pela segurança, houve um consenso entre a polícia de Santa Catarina – o jogo ocorreu em Joinville – e o Ministério Público para que a polícia cuidasse apenas da segurança da área externa (com um contingente de 120 policiais). A segurança da área interna, por ser um evento privado, seria feita por uma empresa de segurança particular – o que, evidentemente, não foi funcionou. Se pensarmos na Copa, que pretende ser um evento que poderá alavancar o turismo no Brasil, como garantir a segurança dos torcedores estrangeiros que virão para o país, tanto nos estádios quanto fora dele?
Além disso, vende-se, para o exterior, a imagem do brasileiro como sendo um povo ordeiro, alegre e hospitaleiro. Porém, nos estádios, não é isso o que observamos. Vemos pessoas violentas, truculentas e que vão para os estádios apenas para provocar brigas. Nas ruas, assaltam, estupram e assassinam turistas desavisados que visitam o nosso país.
É essa a tão propalada “alegria” que teremos na época da Copa? Será que o Brasil, realmente, está preparado para sediar um evento deste porte? Economicamente, até pode estar. Porém, em termos de educação, fica evidente que estamos muito longe de podermos sediar qualquer evento importante.
O brasileiro, em grande parte, é violento, mal-educado, vândalo. Vemos isso, diariamente, nos jornais, quando lemos sobre assassinatos por motivos fúteis, escalada do tráfico de drogas e crimes de natureza diversas.
Para a Copa, teremos que repensar a maneira como realizar a segurança, tanto dentro quanto fora dos estádios porque, mais importante do que a seleção brasileira ganhar o mundial, será preservar a vida de quem virá ao país apenas para apoiar suas seleções.
 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Por que não se lê nas aulas de literatura?



Muitos alunos acham as aulas de literatura “chatas”. E, se analisarmos bem, realmente as aulas acabam sendo incrivelmente entediantes, pois apelam apenas para a capacidade de decorar dos estudantes.
Uma aula de literatura “normal” é feita da seguinte maneira: o professor lista períodos ou escolas literárias (arcadismo, simbolismo, modernismo etc.); sua data de início e de fim; a obra que iniciou o movimento; principais autores e obras; características do movimento ou escola. Ou seja, os alunos são obrigados a decorar nomes e datas, porém, muitas vezes, acabam não lendo nenhuma das obras listadas durante as aulas.
O que é mais importante para o aluno? Saber que “O Cortiço” foi escrito por Aluísio Azevedo e que é uma obra pertencente ao Naturalismo, ou ler o livro e poder, por meio das descrições do autor, entender melhor aquele momento histórico, fazendo um “link” com as aulas de História?
Ao ler alguns livros, o aluno poderá perceber quais são as características das obras pertencentes a um determinado período, sem precisar decorá-las. Ele perceberá elementos comuns a essas obras e entenderá mais facilmente algo que, do contrário, será apenas decorado e logo esquecido. Além disso, ao ler algumas obras o aluno enriquecerá seu vocabulário e aumentará seu conhecimento.
As aulas de Literatura também poderiam ser realizadas em conjunto com as aulas de Língua Portuguesa, ao invés de serem realizadas separadamente. Ao ler um livro, o professor poderia indicar aos alunos as construções sintáticas utilizadas por determinados autores em determinadas épocas, além de palavras que hoje caíram em desuso ou foram modificadas, por exemplo. Ou seja, o aluno teria uma compreensão muito maior da própria Língua Portuguesa – e não apenas de Literatura.
Infelizmente, temos muitos professores de Língua Portuguesa que não leem. Também consideram a literatura “chata”. Preferem fazer os alunos decorarem nomes e datas ao invés de discutirem as obras. Optam pelo caminho mais fácil para eles, mas que não contribuirá em nada para a aquisição de conhecimento por parte do aluno. Ou alguém acha que algum aluno irá se lembrar se Machado de Assis era Realista ou Parnasiano, após realizar uma prova de Literatura?
Ler uma obra auxiliará o aluno a entender melhor seu lugar no mundo, o caminhar da História através dos tempos e a entender um pouco melhor o mundo no qual vivemos.
Temos alunos que não leem, é verdade, mas temos muitos professores que também não o fazem. Criticam os alunos pela falta de leitura, mas não os vemos com nenhum livro na mão. Muitas vezes, conhecem as obras apenas pelos resumos que acompanham os livros didáticos.
Está mais do que na hora de mudarmos esse panorama e começarmos a ter aulas de Literatura em que o ponto central da aula será o texto escrito, e não o simples “decoreba” de nomes e datas. 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Psicose: um clássico que merece ser assistido e lido



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O filme “Psicose”, de 1960, é considerado como um grande trabalho de Alfred Hitchcock. O que pouca gente sabe, entretanto, é que o filme é baseado em um livro homônimo do escritor Robert Bloch, publicado em 1959. O livro, por sua vez, foi baseado em um caso real, ocorrido em Wisconsin, e romanceado pelo autor. Hitchcock leu o livro e resolveu filmá-lo. Adquiriu os direitos do livro por 9 mil dólares – uma pechincha, mesmo para a época – e procurou adquirir todos os exemplares disponíveis para que as pessoas não os lessem e já soubessem o final quando fossem ver o filme.
O caso de dupla personalidade do protagonista – que só fica claro no final – desperta no público um interesse maior sobre a história (casos de dupla personalidade sempre fascinaram leitores e espectadores, em todas as épocas, como é o caso de “O médico e o monstro”, do “Incrível Hulk” e de Jean Grey / Fênix Negra, dos X-Men).
Além disso, Hitchcock criou cenas em que ‘sugere mais do que mostra’, mas nos faz ter certeza de que vimos aquilo que ele não mostrou. É o caso da cena do assassinato da garota no chuveiro. Na cena, vemos o que nos parece ser a mãe de Norman Bates dar várias facadas na garota, enquanto seu sangue escorre pelo ralo. Porém, se observarmos atentamente a cena, nos daremos conta de que vemos o movimento da faca em direção à garota, mas não temos nenhuma tomada em que apareça a lâmina penetrando em seu corpo. A velocidade da cena e a imagem não muito nítida, entretanto, nos passam essa falsa impressão.    
A genialidade de Hitchcock, aliada a uma excepcional atuação de Anthony Perkins (no papel de Norman Bates), fizeram com que o filme se transformasse em um clássico. O fato de o filme ter sido feito em preto e branco, em uma época em que já se filmava em cores, foi outro toque interessante, o que manteve a atmosfera lúgubre que a história pedia.
Hitchcock alegou que filmou em preto e branco para poupar os espectadores das cenas de sangue. Porém, o mais provável é que ele o tenha feito devido ao fato de que filmar em preto e branco era mais barato do que filmar em cores.
Independentemente do motivo, “Psicose” é um cult que deve ser visto pelas novas gerações e revisto pelas mais velhas. O livro que deu origem a esse clássico do cinema (publicado pela Editora Darkside) merece ser lido, e o seu autor merece o crédito de ter inspirado um dos grandes mestres do cinema.                 

sábado, 9 de novembro de 2013

“As Crônicas Marcianas”, de Ray Bradbury, fogem do clichê da ficção científica tradicional



Quando foi publicado, em 1951, o livro “As Crônicas Marcianas” elevou rapidamente o seu jovem autor, então com 31 anos, Ray Bradbury, à qualidade de um dos mestres da ficção científica. O livro fugia do padrão dos livros de ficção científica tradicionais, com seus monstros, raios laser e alienígenas beligerantes que tinham como único intuito a destruição gratuita da Terra.
O livro é, exatamente, o que o seu título diz ser – o título em inglês é “The Martian Chronicles”: uma série de crônicas que trata da exploração e colonização do planeta Marte por parte dos terrestres. Contando histórias separadas, mas que, por vezes, se entrelaçam, o livro mostra como seria feita a colonização de Marte por parte de um enxame de terrestres oriundos de uma Terra à beira de uma guerra – o livro foi lançado após a 2ª Guerra Mundial e o início da “Guerra Fria”, entre Estados Unidos e a União Soviética – e com seus recursos naturais já em escassez e sem empregos para todos os seus habitantes.
E, quanto a Marte, uma incógnita permanece: quem são os marcianos? Todos foram extintos? Existem sobreviventes? Se existem, onde estão?
“As Crônicas Marcianas” retratam uma epopeia moderna, onde os humanos são obrigados a ir, não atrás de novas terras, mas sim atrás de novos planetas habitáveis, onde possam iniciar uma colonização. Ao invés de batalhas espaciais, com naves futuristas e raios laser, as crônicas relatam problemas humanos: homens tentando se encaixar em uma terra estranha, conflitos, solidão, busca de conhecimento, sobrevivência.
Na verdade, “As Crônicas Marcianas”, mais do que ficção científica, tratam do tema do destino do homem e do futuro de uma Terra onde, mais do que apavorantes monstros verdes, os beligerantes são os seres humanos.   

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ventos do Inverno: o destino dos Stark nas mãos de Sansa?



George R. R. Martin ainda está escrevendo o 6° livro das “Crônicas de Gelo e Fogo”, “Ventos do Inverno”, ainda sem previsão de lançamento – há quem aposte eu o livro só sairá em 2015. Neste livro, a guerra dos tronos se intensificará ainda mais, e ardis e alianças serão utilizadas para obter o prêmio máximo: tornar-se o rei – ou a rainha – dos Sete Reinos.
Das famílias poderosas, que poderiam aspirar ao trono, a única que parece estar fora do jogo é a família Stark. Com o senhor de Winterfell, Lorde Eddard, conhecido como Ned Stark, morto, a família se desintegrou e foi sendo dizimada um por um: sua mulher, Catelyn, e seu filho, Robb, foram mortos no episódio que ficou conhecido como o “casamento vermelho”; Jon Snow, seu filho bastardo, agora comandante da Patrulha da Noite, foi atacado pelos próprios “irmãos” da Patrulha e não se sabe se ele irá sobreviver no 6° livro; Arya, a filha rebelde, está em terras distantes, envolvida com uma seita obscura; Brandon encontrou o povo da floresta e está treinando para conseguir sua ‘visão verde’; Rickon tem seu paradeiro desconhecido; Sansa, auxiliada por Mindinho, conseguiu fugir das garras da rainha Cersei e agora encontra-se sob sua proteção, fazendo o papel de filha bastarda. Os membros da família que não foram mortos estão dispersos e sem notícias uns dos outros.
De todos, a que parece menos provável para restaurar o poder do clã Stark é Sansa, a sonhadora, cujo único pensamento era o de se casar com um galante príncipe, como nas histórias que a velha ama contava. Refém da rainha Cersei após a morte do pai, Sansa ainda acalentava o sonho de se casar com Joffrey e se tornar sua rainha. Aos poucos, Sansa foi percebendo que esse sonho não iria se concretizar, e passou a fingir lealdade a Joffrey e a Cersei, em uma tentativa de tentar sobreviver, evitando a prisão ou a morte, como aconteceu com o pai.
Sansa percebeu que a ‘vida real’ era bem diferente das histórias que a ama contava. Então, Sansa tornou-se dissimulada, astuta, enganadora, mais ‘ligada’ às coisas que acontecem ao seu redor. Essas suas novas ‘qualidades’ podem se tornar armas vantajosas na luta pelo trono dos Sete Reinos. 
Assim, auxiliada por Mindinho, talvez seja exatamente ela quem poderá restaurar o poder dos Stark. Por sinal, é exatamente Sansa quem continua no meio da luta que se desenrola pelo trono dos Sete Reinos. A já não tão sonhadora Sansa parece ser aquela que poderá dar uma reviravolta na história e trazer os Stark de volta ao jogo dos tronos. Talvez Sansa, a mais ‘insossa’ dos Stark, levante-se junto com os ventos do inverno que vêm do Norte e varra os Sete Reinos, vingando sua família e dando aos Stark um poder que nem mesmo seu pai, Ned Stark, conseguiu.    

domingo, 27 de outubro de 2013

36 anos depois, Stephen King escreveu a continuação de “O Iluminado”



O escritor norte americano Stephen King publicou “Doctor Sleep” (ainda sem título em português), que será a continuação de “O Iluminado”, livro de 1977, portanto, de 36 anos atrás. O autor mencionou dois projetos em potencial: a continuação de “O Iluminado” e uma sequência de “A Torre Negra”. Os fãs puderam votar e, em 31 de dezembro de 2009, data do encerramento da votação, a continuação de “O Iluminado” recebeu 5.861 votos contra 5.812 para uma continuação de “A Torre Negra”, projeto que poderá ser realizado futuramente.
Para quem não leu “O Iluminado”, o livro conta a história da família Torrance, cujo pai, Jack, um escritor, foi contratado para a vaga de zelador do Overlook Hotel, nas montanhas do Colorado, durante o período de inverno, quando a neve torna o hotel quase inacessível. Junto com ele, estavam a esposa, Wendy, e o filho, Danny, um menino de 5 anos que possui o dom de ver pessoas mortas e se comunicar telepaticamente com outros “iluminados” – como é o caso do cozinheiro do hotel, Dick Hallorann. Jack espera aproveitar o tempo livre que terá para terminar de escrever o seu livro. Porém, ao ficarem sozinhos no hotel, tanto Danny quanto Jack são afetados pelos espíritos das pessoas que haviam morrido lá. Os problemas de Jack com o álcool voltam e ele passa a ser uma ameaça para sua família e para si próprio.
O livro foi transformado em filme pelo diretor Stanley Kubrick, mas Stephen King não gostou da versão do diretor que, segundo ele, empobreceu os personagens e toda a questão psicológica que os envolvia.
Agora, 36 anos depois de lançar “O Iluminado”, Stephen King escreveu sua continuação: “Doctor Sleep”. Neste novo livro, Danny Torrance, agora com 40 anos, vive em Nova Iorque e trabalha em um hospital para pacientes em estado terminal, os quais ele auxilia a ter uma morte “limpa” por intermédio dos seus poderes. Entretanto, Danny possui sequelas dos eventos ocorridos no Overlook Hotel. Ele herda do pai a agressividade e o alcoolismo. Além disso, fantasmas do hotel – como a mulher do quarto 217 – encontram Danny e o atormentam.
Para aqueles que leram “O Iluminado”, “Doctor Sleep” se torna uma leitura quase “obrigatória”, pois narrará fatos que se seguiram à trágica história passada no Overlook. Para quem não leu “O Iluminado” e pensa em ler “Doctor Sleep”, seria interessante ler o primeiro livro para, depois, ler o segundo. Apesar de serem histórias que se passam em épocas diferentes – e serem histórias diferentes –, “Doctor Sleep” traz muitos elementos de “O Iluminado”. A leitura deste irá “iluminar” muitos eventos abordados em “Doctor Sleep”.           

domingo, 20 de outubro de 2013

Prêmio Jabuti divulga lista dos vencedores



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Foi divulgada a lista dos vencedores do Prêmio Jabuti de 2013. Veja os ganhadores nas principais categorias:

Romance

1- “O mendigo que sabia de cor os adágios de Erasmo de Rotterdam”, de Evandro Affonso Ferreira (Record)
2- “Glória”, de Victor Heringer (7 Letras)
3- “Barba ensopada de sangue”, de Daniel Galera (Cia das Letras)


Contos ou Crônicas

1- “Páginas sem glória”, de Sérgio Sant’Anna (Cia das Letras)
2- “Diálogos impossíveis”, de Luis Fernando Veríssimo (Objetiva)
3- “Aquela água toda”, de João Anzanello Carras (Cosac Naify)


Infantil

1- “Ela tem olhos de céu”, de Socorro Accioli (Gaivota)
2- “Visita à baleia”, de Paulo Venturelli (Positivo)
3- “A ilha do crocodilo – Contos e lendas do Timor Leste”, de Geraldo Costa (FTD)


Poesia

1- “A voz do ventríloquo”, de Ademir Assunção (Edith)
2- “Raymundo Curupyra, o caypora”, de Glauco Mattoso (Tordesilhas)
3- “Porventura”, de Antônio Cícero (Record)

A lista completa você poderá ver em zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/segundo-caderno/noticia/2013/10/anunciados-os-vencedores-do-premio-jabuti-2013-confira-a-lista-4304148.html. 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Inferno, de Dan Brown, é um livro para reflexão



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O estilo de Dan Brown é conhecido em todo o mundo. Suas histórias são um thriller que envolvem muita ação, movimentação, mistérios e simbolismos ligados, geralmente, ao mundo da arte. Com “Inferno”, seu último livro, publicado pela Editora Arqueiro, o autor manteve estes elementos, além de acrescentar um outro não muito comum às suas histórias: a reflexão.
“Inferno” tirou seu título do primeiro “livro”, “capítulo” ou “canto” da obra-prima do italiano Dante Alighieri, “A Divina Comédia”, um poema de viés épico, no qual o próprio autor, guiado por Virgílio e, depois, pela sua amada, Beatriz, faz uma viagem pelo Inferno, Purgatório e Paraíso.
No livro de Dan Brown, um misterioso personagem utiliza a “Divina Comédia” como inspiração para, aparentemente, disseminar uma “peste” que, a exemplo da Peste Negra, que dizimou um terço da população mundial, iria matar milhares de pessoas. As ‘pistas’ que o professor Robert Langdon têm de decifrar estão associadas à arte. A história se passa em Florença, na Itália, uma cidade que é praticamente um museu a céu aberto.
Porém, mais do que a história, sua ação e seus símbolos, o que nos chama a atenção é que o autor coloca em discussão algo que está ocorrendo atualmente, mas que ainda não recebeu a devida atenção por parte de governos e organizações mundiais: o excesso de pessoas no planeta, levando a uma superpopulação.
Se observarmos a nossa História, veremos que, de tempos em tempos, alguma calamidade ocorreu, dizimando grande parte da população e mantendo o número de pessoas em um nível suportado pelo planeta. Porém, do início do século XX para cá, a população mundial tem aumentado em uma progressão geométrica, superando as possibilidades do planeta de suportar um número tão grande de pessoas. Em alguns lugares, a comida e, até mesmo, a água começam a escassear.
Os avanços na medicina, principalmente, conseguiram diminuir a incidência de doenças letais, as grandes pandemias, evitando a morte de centenas ou milhares de pessoas. Além disso, a mortalidade infantil vem diminuindo em vários países, além de haver um aumento na expectativa de vida. Em vários países, a expectativa de vida supera a faixa dos oitenta anos.
Isso tudo vem sendo ‘festejado’ pelas pessoas como símbolo de progresso. Porém, o que não se percebe – ou não se quer perceber, o que, no livro, é chamado de ‘negação’ – é que essa diminuição na mortalidade infantil, acompanhada de uma maior expectativa de vida, leva a um excessivo aumento populacional que já vem gerando diversos problemas, e que se tornará insustentável daqui a alguns anos.
As organizações que tratam da saúde orgulham-se desses feitos e procuram aumentar ainda mais a expectativa de vida das pessoas, mas não parecem fazer nada para conter o aumento descontrolado da população. No livro, um cientista toma uma atitude drástica para tentar conter esse aumento desenfreado.
Apesar de muita gente ver esse livro apenas como uma ‘história’ interessante, ela nos leva a refletir sobre o nosso futuro e como o planeta irá suportar esse excesso populacional, que vem destruindo a natureza, esgotando os recursos naturais e levando espécies animais e vegetais à extinção. Seria importante começarmos a pensar em algum tipo de controle de natalidade para que, no futuro, não tenhamos milhares de pessoas passando fome e sede, o que levará muitos países à guerra em busca de recursos naturais.
“Inferno” nos alerta para os problemas que o mundo poderá vir a enfrentar. Se nada for feito nos próximos anos, poderemos ter um cenário muito parecido com o que Dante vislumbrou no seu primeiro ‘canto’.
Se isso ocorrer, a passagem da humanidade pelo “Inferno” poderá não ser tão tranquila quanto a de Dante, guiado por Virgílio. Poderemos ficar muito tempo no Inferno, antes que consigamos alcançar o Purgatório.   

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Em país com governo ineficiente, projetos individuais preenchem lacunas na Educação



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A educação no Brasil vive uma crise ‘crônica’ que se arrasta há algumas décadas. O governo, por meio de comerciais na televisão, vive exaltando o nível da Educação brasileira, mas quem trabalha em escolas, mais propriamente os professores, sabe que a realidade é bem diferente – e para pior – do que é apregoado nas propagandas governamentais.
Professores mal remunerados; professores despreparados; escolas sem estrutura física para atender bem aos alunos, são alguns dos problemas que vivemos atualmente. Muitas pessoas que trabalham nas secretarias de educação – estaduais e municipais – muitas vezes não têm qualquer conhecimento na área. Obtêm o cargo por apadrinhamento político ou por troca de favores eleitorais. Sem contar que, atualmente, as escolas acabam passando de ano alunos que não têm a mínima condição, apenas para melhorar o índice de aprovação e, consequentemente, obter mais verbas.
Diante desse quadro, o que muitas vezes se “salva” na Educação são as iniciativas pessoais. Alguns professores, percebendo a precariedade das condições da escola, criam projetos que despertam o interesse do aluno pelos estudos ou que melhoram suas condições de estudo.
Escolas que não possuem biblioteca, por exemplo, montam seus acervos por intermédio de professores de Língua Portuguesa que obtêm livros por meio de doações. Os próprios professores catalogam os livros e os guardam em armários, emprestando-os aos alunos e utilizando-os em pesquisas. Além de darem aulas, esses professores funcionam como bibliotecários.
Outros professores criam projetos que vão desde a montagem de um coral ou grupo de dança, até a criação de um grupo de teatro. Por meio de apresentações, abertas aos pais e aos demais membros da comunidade, despertam nos alunos, e também nas pessoas da comunidade, o gosto pela leitura – por meio da recitação de poemas e/ou pesquisas sobre a vida e obra de autores -, por um cinema e teatro de qualidade e por música e dança eruditas (tais como música clássica e balé), indo além dos já populares ‘funk’ e ‘forró’, que proliferam entre a camada mais baixa da população, constituindo-se, quase que exclusivamente, na sua fonte de conhecimento e diversão.
Dessa forma, abre-se um leque de opções para as pessoas, retirando-as do maniqueísmo cultural, propagado pela televisão e pelo rádio, no qual elas estão imersas.
Como professor, tenho tido oportunidade de presenciar vários desses projetos, os quais, muitas vezes, não recebem o devido apoio de suas respectivas Secretarias de Educação, sendo organizados por professores que realmente têm a preocupação de formar cidadãos conscientes, e não apenas de recitar conteúdos e emitir notas.
Em um país que não possui o interesse de, realmente, educar seu povo, são esses projetos individuais que, geralmente, contribuem para o crescimento do aluno, tanto em conhecimento quanto em cidadania.                

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Definidos finalistas do Prêmio Jabuti



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No dia 17/9 foram anunciados os finalistas do Prêmio Jabuti 2013 nas suas 27 categorias. Nesse ano foi criada a categoria Melhor Tradução de Obra de Ficção Alemão-Português, em homenagem ao Ano Alemanha-Brasil, já tratada em feiras como a FLIP 2013.
As categorias concorrentes são:

Teoria / Crítica Literária
Direito
Ilustração
Educação
Ilustração de Livro Infantil e Juvenil
Gastronomia
Arquitetura e Urbanismo
Infantil
Artes e Fotografia
Juvenil
Psicologia e Psicanálise
Poesia
Ciências Exatas, Tecnologia e Informática
Biografia
Ciências Humanas
Reportagem
Ciências Naturais
Romance
Ciências da Saúde
Capa
Economia, Administração e Negócios
Projeto Gráfico
Contos e Crônicas
Tradução
Didático e Paradidático
Comunicação
Melhor Tradução de Obra de Ficção Alemão-Português


    
A seguir, listaremos os livros que concorrem nas categorias: Contos e Crônicas, Poesia e Romance.

Contos e Crônicas
Título
Autor
Editora
Diálogos impossíveis
Luis Fernando Veríssimo
Objetiva
Páginas sem glória
Sérgio Sant’anna
Cia das Letras
Aquela água toda
João Anzanello Carrascoza
Cosac Naify
Essa coisa brilhante que é a chuva
Cíntia Moscovich
Record
Garranchos
Graciliano Ramos
Record
Cheiro de chocolate e outras histórias
Roniwalter Jatobá
Nova Alexandria
Bem-vindo – Histórias com as cidades de nomes bonitos e misteriosos do Brasil
Fabrício Carpinejar
Bertrand Brasil
A verdadeira história do alfabeto – e alguns verbetes de um dicionário
Noemi Jaffe
Cia das Letras
O tempo em estado sólido
Tércia Montenegro
Grua Livros
Reveillon e outros dias
Rafael Gallo
Record
Vento sobre terra vermelha
Caio Riter
8Inverso
Copacabana Dreams
Natércia Pontes
Cosac Naify
São Paulo 1971-2011
Luiz Ruffato, Ignácio de Loyola Brandão, Tony Bellotto, Vanessa Bárbara
Olhares

      Poesia
Título
Autor
Editora
A voz do ventríloquo
Ademir Assunção
Rama Livros
Porventura
Antonio Cícero
Record
Raymundo Curupyra o Caypora
Glauco Mattoso
Alaúde Editorial
Deste lugar
Paulo Franchetti
Ateliê Editorial
Formas do nada
Paulo Henriques Britto
Cia das Letras
Um útero é do tamanho de um punho
Angélica Freitas
Cosac Naify
O amor e depois
Mariana Ianelli
Iluminuras
A praça azul e tempo de vidro
Samarone Lima
Paés
Vário som
Elisa Andrade Buzzo
Patuá
Variações do mar
Josoaldo Lima Rêgo
7 Letras
A cicatriz de Marilyn Monroe
Contador Borges
Iluminiras
        
Romance
Título
Autor
Editora
O mendigo que sabia de cor os adágios de Erasmo de Roterdam
Evandro Affonso Ferreira
Record
Barba ensopada de sangue
Daniel Galera
Cia das Letras
O que deu para fazer em matéria de história de amor
Elvira Vigna
Cia das Letras
Mar azul
Paloma Vidal
Rocco
Sagrada Família
Zuenir Ventura
Objetiva
O céu dos suicidas
Ricardo Lísias
Objetiva
Quiçá
Luisa Geisler
Record
Carbono pautado – memórias de um auxiliar de escritório
Rodrigo de Souza Leão
Record
Valentia
Deborah Kietzmann Goldemberg
Grua Livros
Era meu esse rosto
Márcia Tiburi
Record
Glória
Victor Heringer
7 Letras