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@sebo_cultural64
O nível de tensão racial que estamos atingindo, que teve início com as
quotas para negros e continuou com os exageros do “politicamente correto”,
acabará em confronto entre brancos e negros, nas ruas, como acontecia nos
Estados Unidos, quando o grupo racista Ku Klux Klan enfrentava grupos de negros
e membros dos Panteras Negras? Os negros, antes oprimidos, agora valem-se do
‘politicamente correto’ para oprimir os brancos, impondo palavras e termos
considerados ‘apropriados’.
É claro que no Brasil sempre houve racismo. Negros eram tratados de
maneira vergonhosa, muitas vezes proibidos de entrarem em determinados lugares,
“exclusivos” para o uso de brancos. Graças aos esforços de grupos de Direitos
Humanos, Ordem dos Advogados, lideranças negras etc., essa vergonha começou a
ser banida e os negros começaram a ocupar o seu devido lugar na sociedade,
passando a ter os mesmos direitos que qualquer outro cidadão.
Porém, os exageros que começaram a surgir e que estão se transformando
em uma “ditadura das minorias” – que, muitas vezes, nem são “minorias” –, que
nos proíbem de falar certas palavras simplesmente porque alguns imbecis
enxergam racismo e preconceito em tudo, estão começando a criar uma onda de
racismo até mesmo em pessoas que antes não o tinham. E o pior é que esse
racismo é de mão dupla: dos brancos em relação aos negros e dos negros em
relação aos brancos.
E as pessoas não percebem que isso tudo não passa de uma manipulação dos
nossos governantes e de políticos que não estão interessados em resolver, de
fato, o problema, mas sim de dar a impressão de que querem fazê-lo.
O caso das famigeradas “cotas”, por exemplo. Por quê criar cotas?
A ideia de se criar cotas surgiu com a constatação de que negros e
pobres não tinham a mesma chance que brancos e ricos – geralmente, brancos
ricos. Assim, a cota daria essa chance às minorias – embora, no Brasil, nem
negros nem pobres sejam minorias.
Muito justo, não é mesmo? Não, não é nada justo! O que, de fato, o
governo deveria fazer, seria dar mais qualidade à educação pública. Se fizesse
isso, os negros e pobres, e, principalmente, os negros pobres, teriam mais
condições de competir com alunos de escolas particulares. Porém, para não mexer
em vícios e mordomias já enraizadas na educação pública, o governo preferiu
criar cotas que não adiantam muita coisa. Você pode colocar um negro na
Universidade, porém, sem preparo, ele não conseguirá acompanhar o ritmo dos estudos
e acabará desistindo. Afinal, por que o governo divulga o número de negros que
entram nas faculdades devido às cotas, mas nunca divulga o número dos que se
formaram? Porque, nesse caso, veríamos a discrepância e a ineficiência dessa
medida demagógica.
O problema do racismo é uma questão cultural e não serão leis que irão
extingui-lo. As leis irão, apenas, escondê-lo. Devido às leis, ninguém poderá
se manifestar de maneira racista, mas poderá pensar de maneira racista.
A única coisa que irá acabar com o racismo contra negros e outras raças;
contra o preconceito contra homossexuais, mulheres e idosos; contra a violência
doméstica e infantil, é uma educação eficiente, que faça o indivíduo pensar,
refletir e perceber a imbecilidade e a inutilidade de ser racista,
preconceituoso ou violento.
Investir em educação, e não em medidas demagógicas, é a única solução
para que possamos resolver esses problemas que, infelizmente, ainda existem e,
em alguns casos, estão até mesmo se intensificando.
Só
falta os defensores do “politicamente correto” dizerem que o candomblé é
racista e preconceituoso por chamar sua entidade de “preto velho”. O correto
seria chamá-la de “afrodescendente da terceira idade”.
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