quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

ONG já formou várias bibliotecas na Amazônia Legal



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No Brasil, como os governos federal, estadual e municipais, geralmente, são omissos principalmente em questões ligadas à educação, cabe à iniciativa privada a criação de projetos que supram certas deficiências encontradas em todas as cidades do nosso país – até mesmo nas capitais mais importantes.
Um destes projetos está sendo realizado pela ONG Vaga Lume, criada em São Paulo, que tem por objetivo criar bibliotecas em localidades que não disponham deste recurso. O trabalho realizado pela ONG atinge 160 comunidades em nove estados que compreendem a chamada Amazônia Legal: Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Tocantins, Amapá, Mato Grosso, Maranhão e Pará.
Muitas dessas comunidades situam-se em locais isolados e em muitas delas não há Internet, telefone e, em algumas, nem mesmo luz elétrica. As escolas sofrem com problemas de infraestrutura, com salas mal iluminadas, cadeiras quebradas e falta de material didático. A maioria não possui biblioteca.
Este projeto, iniciado há 12 anos, procura minorar esta deficiência. Segundo seus próprios dados, a ONG já distribuiu cerca de 83 mil livros em diversas comunidades rurais. Os livros são enviados, geralmente, de barco, o transporte comum em uma região onde o tráfego fluvial é intenso e, em muitos locais, não existem estradas que liguem as comunidades.
Apesar da intensa propaganda dos governos – em todos os níveis – enaltecendo a “melhora” da educação brasileira, o que vemos, na prática, são escolas sem estrutura, professores despreparados e desinteressados (o baixo salário, geralmente, é utilizado como desculpa, mas será que eles melhorariam o nível de suas aulas se ganhassem mais?), alunos que passam sem aprenderem os assuntos mais básicos etc. Programas como este da Ong Vaga Lume, realizado sem a intervenção e apoio dos governos, são, muitas vezes, mais eficientes do que as propostas oficiais, que muitas vezes são criadas apenas para o benefício de alguns, uma vez que as verbas nem sempre chegam ao seu destino.
Talvez seja hora de o governo aprender com as iniciativas particulares. Para aqueles que defendem que o ensino deveria ser totalmente público, sem a intervenção particular, iniciativas como esta deveriam fazê-los pensar mais um pouco e, quem sabe, rever os seus conceitos.    
 

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