domingo, 23 de fevereiro de 2014

Trilhas sonoras com cantores pop são apostas de filmes para atrair público adolescente



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A trilha sonora sempre desempenhou um papel importante em um filme. Ela auxilia em demonstrar a calma, a tensão, a velocidade de uma cena. Quem não se lembra da trilha do filme “Psicose”, de Alfred Hitchcock, do tema do sombrio Darth Vader, de “Star Wars” e da música que tocava em “Tubarão”, antes do ataque? Pensando nisso, os filmes atuais têm tido todo um cuidado na escolha de sua trilha sonora, seja relembrando clássicos – seja na forma original ou em um novo arranjo –, seja na escolha da voz que irá interpretá-los.
Alguns filmes antigos apostavam no impacto que a trilha sonora teria na plateia e em como auxiliaria no desenvolvimento da trama, independentemente de quem a cantaria – às vezes, quem a cantava era um ilustre desconhecido ou então a trilha era composta apenas com o som dos instrumentos. Atualmente, entretanto, a tendência tem sido outra.
Muitos filmes que aspiram ao posto de “o filme das férias” ou o “filme do verão”, têm apostado em vozes conhecidas do público, principalmente do público adolescente. Cantores e cantoras “pop”, cujas músicas fazem sucesso nas rádios e nas vendas de cd’s, têm sido escolhidos para emprestar sua voz à trilha sonora do filme e auxiliar a produção a arrecadar alguns milhões a mais. É o caso de filmes como “Malévola”. Estrelado por Angelina Jolie, que por si só já é capaz de levar muita gente aos cinemas, o filme tem como tema uma regravação da clássica “Once Upon a Drem”, de “A Bela Adormecida”. Para cantá-la, o diretor Robert Stromberg escolheu Lana Del Rey.
Para o filme “Jogos Vorazes: Em Chamas”, segundo filme da trilogia, a cantora Christina Aguilera foi convocada para interpretar uma das músicas. A estratégia utilizada para que a música “emplacasse” foi a de lançá-la em outubro de 2013, um mês antes de o filme ser lançado.           
O filme “Skyfall”, o 23° do espião britânico James Bond, criado por Ian Fleming, tem sua música composta e interpretada pela cantora Adele. A música ganhou vários prêmios, entre eles o Oscar de Melhor Canção Original. A música alcançou o 8° lugar na “Billboard Hot 100”. Ao escolher Adele, o estúdio Metro-Goldwyn-Mayer seguiu uma aposta que deu certo anteriormente. Antes de Adele, cantoras como Alicia Keys e Madonna gravaram a música-tema de filmes da série.
A Disney, que queria fazer de “Frozen: Uma Aventura Congelante”, o filme das férias, trouxe, para sua canção principal, “Let It Go”, ninguém menos que Demi Lovato. A música chegou a alcançar o 38° lugar na “Billboard Hot 100”. A música também foi indicada ao Oscar de Melhor Canção Original.
Os estúdios começaram a perceber que um filme é composto por várias partes importantes que formam um todo de sucesso. E uma dessas partes, indubitavelmente, é a trilha sonora. Um cantor pop, mesmo que de gosto duvidoso, cantando uma música-tema, é capaz de levar muitos adolescentes ao cinema.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

ONG já formou várias bibliotecas na Amazônia Legal



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No Brasil, como os governos federal, estadual e municipais, geralmente, são omissos principalmente em questões ligadas à educação, cabe à iniciativa privada a criação de projetos que supram certas deficiências encontradas em todas as cidades do nosso país – até mesmo nas capitais mais importantes.
Um destes projetos está sendo realizado pela ONG Vaga Lume, criada em São Paulo, que tem por objetivo criar bibliotecas em localidades que não disponham deste recurso. O trabalho realizado pela ONG atinge 160 comunidades em nove estados que compreendem a chamada Amazônia Legal: Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Tocantins, Amapá, Mato Grosso, Maranhão e Pará.
Muitas dessas comunidades situam-se em locais isolados e em muitas delas não há Internet, telefone e, em algumas, nem mesmo luz elétrica. As escolas sofrem com problemas de infraestrutura, com salas mal iluminadas, cadeiras quebradas e falta de material didático. A maioria não possui biblioteca.
Este projeto, iniciado há 12 anos, procura minorar esta deficiência. Segundo seus próprios dados, a ONG já distribuiu cerca de 83 mil livros em diversas comunidades rurais. Os livros são enviados, geralmente, de barco, o transporte comum em uma região onde o tráfego fluvial é intenso e, em muitos locais, não existem estradas que liguem as comunidades.
Apesar da intensa propaganda dos governos – em todos os níveis – enaltecendo a “melhora” da educação brasileira, o que vemos, na prática, são escolas sem estrutura, professores despreparados e desinteressados (o baixo salário, geralmente, é utilizado como desculpa, mas será que eles melhorariam o nível de suas aulas se ganhassem mais?), alunos que passam sem aprenderem os assuntos mais básicos etc. Programas como este da Ong Vaga Lume, realizado sem a intervenção e apoio dos governos, são, muitas vezes, mais eficientes do que as propostas oficiais, que muitas vezes são criadas apenas para o benefício de alguns, uma vez que as verbas nem sempre chegam ao seu destino.
Talvez seja hora de o governo aprender com as iniciativas particulares. Para aqueles que defendem que o ensino deveria ser totalmente público, sem a intervenção particular, iniciativas como esta deveriam fazê-los pensar mais um pouco e, quem sabe, rever os seus conceitos.    
 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Os bolivianos é que estavam certos



Um novo velho fato ocorreu esta semana, mais uma vez envolvendo torcedores (?) do Corinthians. Cerca de 100 torcedores (?) invadiram o CT de treinamento do time para, supostamente, reclamar contra a derrota para o Santos por goleada. Entretanto, os supostos torcedores, segundo informações, portavam armas, agrediram funcionários e roubaram 3 celulares, além de causarem danos ao CT. Os jogadores ficaram trancados para escapar da ira dos torcedores, e o técnico Mao Menezes teve que atender, a pedido da diretoria do clube, a cinco torcedores.
Fatos como este são comuns ao futebol brasileiro e, principalmente, ao Corinthians. E isto só acontece devido à conivência das diretorias dos clubes em relação às torcidas organizadas, que mais se assemelham ao crime organizado do que a torcedores.
O que é de espantar é que, mesmo cometendo vandalismo, agressões e roubos, além de porte de arma, nenhum dos cerca dos 100 torcedores foi preso, mesmo com a chegada da polícia – que, diga-se de passagem, quando não prende é criticada; quando prende, é acusada de violência. E, fato curioso, pelo menos um dos envolvidos na confusão em Oruro, quando o garoto Kevin foi morto, estava presente ao protesto no CT corintiano. Vale lembrar que a diretoria do Corinthians se envolveu diretamente para tentar libertar os torcedores presos na Bolívia. E, agora, mesmo com estes elementos cometendo crimes – invasão de propriedade privada, porte de arma, agressão e roubo –, ninguém foi preso, provavelmente a pedido da diretoria que defende marginais que se passam por torcedores, inclusive fornecendo ingressos e bancando viagens para membros das organizadas.
É de louvar a atitude dos presidentes de Palmeiras e Cruzeiro, os quais retiraram privilégios das chamadas “organizadas”, tais como ingressos e viagens. O Cruzeiro, inclusive, foi mais além e proibiu que essas torcidas utilizem o emblema do clube.
Essas organizadas são, na verdade, verdadeiras “máfias”, compostas, em boa parte, por desocupados e marginais. Porém, o curioso é que, mesmo realizando atos criminosos, ninguém é preso e, quando é, acaba sendo solto logo.
O governo do Brasil, a pedido da diretoria do Corinthians, interveio e libertou os torcedores que estavam presos na Bolívia, cujo governo relutava em soltá-los. Ao serem soltos, estes torcedores voltaram para o Brasil posando de vítimas e, logo depois, estavam envolvidos em brigas e agressões pelos estádios e CT’s da vida.
Vantagens de se viver no Brasil. Os bolivianos, afinal, é que estavam certos.