terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O papel da mulher na educação dos filhos


Na maioria dos países, os cargos de liderança são exercidos por homens. As mulheres reclamam que vivemos em uma sociedade patriarcal e que elas são manietadas e sofrem preconceitos por parte dos homens, opressores. Porém, se refletirmos sobre o assunto, chegaremos à conclusão de que a culpa de ainda termos uma sociedade machista e patriarcal é culpa das mulheres, já que são elas que, verdadeiramente, nos governam.
Quando pequenos, ficamos aos cuidados da mãe, que nos alimenta, nos dá banho, nos põe pra dormir. Mesmo quando estamos um pouco maiores, passamos mais tempo com nossas mães, enquanto nossos pais estão no trabalho ou, no seu tempo livre, estão bebendo cerveja com os amigos. 
Na escola, do 1° ao 5° ano, a maioria dos professores são mulheres – as “tias”, como nos ensinam a chamá-las. Assim como nossas mães e avós, são elas que nos educam nos primeiros anos do nosso aprendizado, quando estamos aguçando a nossa curiosidade para novas descobertas. 
Quando os filhos são adolescentes, já demonstrando sinais incipientes de independência, o pai, em muitos casos, se aproxima mais das filhas, com quem conversa e troca ideias. E, sem perceber, acaba se deixando levar pelo jeito carinhoso e meigo da ‘filhinha’. Geralmente, a filha consegue manipulá-lo a deixá-la fazer quase tudo que ela deseja. 
Os nossos líderes são forjados no seu caráter e na sua integridade pelas suas mães. Poderíamos dizer que são as mulheres que formam os nossos líderes, embora muitos deles acabem se desviando dos ensinamentos que lhes foram passados. Outros se desviam por não terem recebido de suas mães – e também de seus pais – ensinamentos adequados ou suficientes. 
A mulher, mesmo nos dias atuais, ainda mantém a sagrada tarefa de educar os filhos nas suas fases iniciais. Pena que muitas delas (a maioria, infelizmente) não tenham consciência da importância e responsabilidade que lhes cabe. Acham que educar o filho é apenas banhá-lo, alimentá-lo, vesti-lo, dar-lhe uma boa escola. Não percebem que cabe a elas moldar o caráter dos filhos, formando os homens que eles serão no futuro. Valores morais e educação não se adquirem nas escolas nem nas igrejas. Estas instituições apenas reforçam ou expandem o que foi aprendido em casa. O lar é a escola primeira, que nos prepara para a vida ou, pelo menos, nos fornece subsídios para que possamos nos ajustar e nos ajeitar da melhor maneira possível. 
A escola não nos educa, apenas nos ensina. Porém, nos dias corridos de hoje, muitos pais deixam a cargo da escola e da televisão (que nos mostra coisas boas e más, indiscriminadamente) a educação dos filhos, sem se darem conta – ou, o que é pior, recusando-se a se darem conta – de que as bases são lançadas no lar. Sem uma base sólida não podemos construir o edifício da educação. 
Muitos pais dizem não ter tempo para conversar com os filhos, para simplesmente estar com eles. Contudo, esses mesmos pais arranjam tempo para jogar futebol, tomar um chopp com os amigos, para ir ao cabeleireiro ou ficar horas ao telefone fofocando da vida alheia com uma amiga. Há falta de tempo, tempo mal administrado ou simplesmente desinteresse? 
Quando os pais, principalmente as mães, que ainda são as reais administradoras do lar, se conscientizarem de que depende deles a aquisição de valores morais por parte dos filhos, passando-lhes estes valores, principalmente, por meio de exemplos – uma conduta correta, um lar equilibrado e harmonioso – teremos, no futuro, cidadãos comuns e líderes conscientes e honestos, preocupados com o desenvolvimento justo da sociedade, com a diminuição das injustiças sociais, enfim, preocupados em realmente erigir uma sociedade justa por meio de atitudes realmente eficazes, ao invés das palavras vazias que comumente ouvimos dos nossos políticos.
Os pais são responsáveis em transformar esse futuro em realidade, passando para os filhos valores e ideais elevados, iniciando-os no caminho da justiça social. 
Porém, lembremo-nos de que não podemos dar aos outros aquilo que não temos nem para nós mesmos.           

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