Várias sagas têm sido escritas ao longo do tempo:
“O Senhor dos Anéis”, de J. R. R. Tolkien; “Crônicas de Gelo e Fogo”, de George
R. R. Martin; “As Brumas de Avalon”, de Marion Zimmer Bradley; “A Busca do Graal”,
de Bernard Cornwell; “A Torre Negra”, de Stephen King, entre outras. Em uma
linha infanto-juvenil temos “Rangers – Ordem dos Arqueiros”, de John Flanagan.
Na ficção científica, uma que merece atenção é a saga “Duna”, de Frank Herbert.
Publicada na década de 1960, a saga de “Duna”
ganhou reconhecimento por críticos e leitores. “Duna” ganhou prêmios como Nebula e Hugo e, em 1975, em uma pesquisa de opinião pública, foi escolhido
como ‘o romance de mais imaginação dos últimos tempos’, superando concorrentes
como “1984”, de George Orwell, e “O Senhor dos Anéis”, de Tolkien. A saga
mereceu, também, elogios de dois monstros da literatura de ficção científica:
Arthur C. Clark e Robert A. Heinlein.
A saga de Duna é composta por seis livros: “Duna”,
“O messias de Duna”, “Os filhos de Duna”, “O Imperador-deus de Duna”, “Os
hereges de Duna” e “As herdeiras de Duna”.
A saga narra as intrigas políticas e religiosas que
ocorrem em torno do planeta Arrakis, conhecido como Duna, um planeta desértico,
lar de vermes de areia gigantes e produtor da disputada ‘especiaria’. O planeta
é habitado por um estranho povo da areia, conhecido como Fremen. Além disso, o
Imperador Padishah vive às voltas com a insatisfação que se espalha pelo Império,
conseguindo manter-se no poder apenas pelo medo que as grandes e pequenas Casas
têm do seu temível exército, os Sardaukar.
A Casa Atreides ganha a concessão de explorar a
especiaria no lugar da Casa Harkonnen, sua inimiga, a qual procura recuperar o
planeta e os fantásticos lucros que obtinha com a exploração da especiaria. O
equilíbrio do poder é precário, sendo disputado pelo Imperador, pelas Grandes
Casas, pela Corporação Espacial e pelas Bene Gesserit.
Em um mundo onde os computadores foram suprimidos,
após o Jihad Buleriano, ou Grande Revolta, a Corporação Espacial e as Bene
Gesserit transformaram-se em duas escolas de treinamento físico e mental, cujo
objetivo era o de fazer com que seus adeptos fossem capazes de realizar grandes
feitos sem precisar de computadores para isso. As Bene Gesserit eram
extremamente habilidosas nas artes do combate e os navegadores da Corporação
Espacial eram capazes de transportar pessoas e cargas para qualquer ponto do
Universo, substituindo os aparelhos convencionais de navegação. Havia, também,
os Mentat, ‘computadores humanos’ que deviam processar informações e retirar
delas resultados lógicos. Toda grande Casa possuía um Mentat.
Intrigas comerciais, políticas e religiosas estão
presentes em todos os cantos. Um novo culto, iniciado em Arrakis, ameaça tomar
o Império, bem como uma força composta por Fremens, denominada Fedaykin, ameaça
o poder do exército imperial, os Sardaukar. Arrakis torna-se o centro de uma
força que poderá varrer o Império, desestabilizando o já precário equilíbrio de
Poder.
Frank Herbert criou um universo consistente e
complexo, que se mantém atual com os acontecimentos que vemos no mundo moderno.
Para Arthur C. Clark, autor de “2001 – Uma Odisseia no Espaço” e “Fim da
Infância”, o livro de Frank Herbert é “único... na profundidade da
caracterização e nos detalhes extraordinários do mundo que cria”.
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