Atualmente, vemos uma nova “moda” crescendo no
mundo inteiro e nos obrigando a ter certos tipos de comportamentos e a dizer ou
não dizer certas palavras. É a ditadura do politicamente correto.
Uma dessas palavras é negro. Mesmo que estejamos
nos referindo a uma pessoa negra – e lembrando que a palavra “negro” refere-se
a uma raça -, somos obrigados a utilizar a palavra afrodescendente, sob o risco
de sermos chamados de racistas.
Mas, afinal, é correto chamar um negro de
afrodescendente?
Afrodescendente seria uma palavra a ser empregada a
todos aqueles cuja origem remonta à África. E, aí, vale algumas ponderações.
Segundo a ciência, o ser humano nasceu no
continente africano. Este seria o berço da raça humana. Foi de lá que todos nós
viemos. Assim, independente de sermos brancos ou negros, todos os seres humanos
seriam considerados afro-descendentes.
Outra situação seria o caso de um descendente de
egípcios. Como o Egito fica na África, um homem branco, descendente de egípcios
brancos, seria, também, afrodescendente.
E o descendente de europeus? Ao invés de ser
chamado de “branco” ou “caucasiano”, não seria mais ‘politicamente correto’ ser
chamado de eurodescendente?
E o candomblé, como fica? É notória, nesta religião
africana, a figura do famoso “preto velho”. Neste caso, temos duas palavras
“politicamente incorretas”: “preto” e “velho”. Como chamaríamos esta figura,
então? “Afrodescendente da terceira idade”?
Só lembrando: branco e preto referem-se à cor da pessoa;
caucasiano e negro referem-se à raça. Chamar alguém de preto é apenas designar
a sua cor, assim como chamar alguém de branco.
Quem for racista, continuará a sê-lo mesmo que
passe a utilizar ‘afrodescendente’, em lugar de ‘preto’ ou ‘negro’. Não são as
palavras que tornam alguém racista ou não.
Ótimo artigo. Parabéns!
ResponderExcluirBem esclarecedor.