quinta-feira, 28 de junho de 2012

Maluf e Lula – A política igualando os opostos

Os mais jovens talvez não se lembrem, mas as pessoas que estão na casa dos 40, 50 anos devem se lembrar das farpas que eram trocadas entre o então candidato a presidência da República, Lula, e os homens que, desde aquela época, detinham o poder. Entre eles, Paulo Maluf (que não conseguiu ser presidente nem mesmo com eleições indiretas), José Sarney (que só foi presidente porque herdou o cargo com a morte de Tancredo Neves) e Fernando Collor de Melo (rival de Lula na briga pela presidência da República). Entre outros epítetos ‘carinhosos’, estes senhores foram chamados, por Lula, de ladrões, de corruptos etc.
Não que Lula estivesse errado (nesse caso, incrivelmente, ele estava certo). Porém, o que se viu foi que, após ser eleito Presidente da República, com a esperança do povo brasileiro de que, finalmente houvesse uma mudança na podre política brasileira, Lula acabou fazendo um dos governos mais corruptos da história da República, com escândalos estourando todos os meses e com a impunidade rolando solta. Lula, que vivia pedindo CPI’s para cada ato realizado pelo então presidente FHC, conseguiu paralisar todas as tentativas de CPI’s solicitadas para apurar os escândalos de seu governo.
E, agora, a cereja em cima do bolo! Lula juntou-se aos três senhores citados acima, os quais ele vivia criticando anteriormente. De ladrões e corruptos, eles passaram a ser políticos indispensáveis para a instauração de uma nova república, com uma história a ser respeitada pelo povo brasileiro.
A desfaçatez de Lula só não é maior que os seus deslizes na língua portuguesa. Para se manter no poder, Lula é capaz de vender sua alma ao Diabo – desde que as condições oferecidas sejam razoáveis e, de quebra, seja oferecido um ministério. Para garantir a prefeitura de São Paulo e 1 minuto e meio na televisão, Lula se une a Maluf, a Sarney e a Collor. Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse!
Será que o povo brasileiro será ingênuo o bastante para ainda acreditar nas palavras vãs desses senhores? Meu medo é que sejam, dado o histórico eleitoral brasileiro. O melhor a fazer seria imitar o gesto de Luíza Erundina – que podem ser questionáveis, diga-se de passagem – e abandonar esse barco. Ou isso, ou continuaremos sendo vítimas desses piratas que, há décadas, vêm pilhando o Brasil e seu povo.

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